O Parque da Tijuca é um dos pontos turísticos mais importantes da cidade do Rio de Janeiro e o parque nacional mais importante do Brasil. Com área de 3.972 hectares, é a quarta maior área verde urbana do país. O local é composto por vegetação secundária por resultar de reflorestamento promovido no Segundo Reinado (1840-1889). Na verdade, ficou claro que o desmatamento causado pelas plantações de café estava prejudicando o abastecimento de água potável na capital do Império do Brasil (1822-1889).
História
A região conhecida como Floresta da Tijuca, oficialmente chamada Parque Nacional da Tijuca, inicialmente era um local com grandes plantações, principalmente de café, produzido em fazendas, onde agricultores e colonos desmatavam a mata nativa para fazer as plantações. A agricultura desenfreada foi um problema comum no século XIX e causou a deterioração do solo da região. Por exemplo, grandes incêndios foram realizados para dar lugar a plantações, onde trabalhavam escravos e imigrantes, comprometendo a mata atlântica e as fontes de água. As plantações degradaram a floresta, colocando em risco o abastecimento de água da cidade.
Por causa dos danos, o Imperador Dom Pedro II teve que agir. Assim, em 1891, declarou protegidas as matas da Tijuca e das Paineiras. Ele iniciou um processo de desapropriação de fazendas para iniciar o reflorestamento do local. Ele fundou uma das áreas protegidas mais antigas do mundo, a segunda depois de Yellowstone, em 1872. Tanto esforço valeu a pena. Hoje, o Parque da Tijuca é a maior floresta urbana do mundo!
Por ordem de Dom Pedro II, a missão de reflorestamento coube ao major Manuel G. Archer. Ao longo de 13 anos, sua equipe replantou cerca de 100 mil árvores. Depois, seu sucessor, o Barão d'Escragnolle, junto com o paisagista francês Auguste Glaziou, implantou conceitos de paisagismo na floresta. Anos depois, na década de 1940, Raymundo Ottoni de Castro Maya usou parte de sua fortuna para revitalizar partes do Parque Nacional da Tijuca. Na verdade, o projeto foi abandonado desde o início da República. Sr. Castro fundou os Restaurantes Esquilo, Floresta e Cascatinha.
Biodiversidade do Parque da Tijuca
O Parque Nacional da Tijuca possui 1.619 espécies de plantas. Infelizmente, 433 estão em extinção. Isso faz com que visitar a Floresta da Tijuca seja uma forma incrível de homenagear a presença dessas espécies.
A fauna da Floresta da Tijuca é composta por uma enorme diversidade de invertebrados, peixes e mamíferos de médio porte. Existem também répteis e pequenas espécies como anfíbios e aves. Eles são importantes para decomposição, ciclagem de nutrientes e polinização. Para isso, são seres cruciais na cadeia alimentar. 63 espécies de mamíferos de médio e pequeno porte vivem na Floresta da Tijuca. Por exemplo, existem macacos, cachorros-do-mato, ouriços, gambás e preguiças. Animais como a onça e a anta já estão extintos do parque. Além disso, existem 226 espécies de aves que vivem no Parque da Tijuca. Podemos observar muitas espécies de pequenos pássaros, como papagaios e pica-paus. Mesmo fragmentado, o bioma original denominado Mata Atlântica, preserva alta riqueza de espécies e, consequentemente, é um dos hotspots de biodiversidade do mundo.
Destaques
O Parque Nacional da Tijuca abriga inúmeras atrações turísticas da cidade. Além de trilhas, grutas e cachoeiras, também conta com pontos como Pedra da Gávea, Corcovado e Pico da Tijuca, com 1.022 metros (3.350 pés) acima do nível do mar.
Assim que você entrar pelo portão principal do parque, no Setor Floresta, você chegará à Cascatinha Taunay após uma caminhada leve de 10 minutos. Essa linda cachoeira é um dos cartões postais do parque. Ao lado, temos a Ponte Pensil. Construída sob o império e ainda em perfeito estado de conservação, fica de frente para a cachoeira. Para ver a ponte direito, você precisará descer até o lago que fica um pouco antes da Cascatinha. A partir daí você pode ver perfeitamente.
Seria muito longo descrever todos os pontos importantes do Parque da Tijuca. Por isso listamos os principais do setor Florestal: a Capela Mayrink, Mirante Excelsior, Cachoeira das Almas, Circuito das Cavernas, Lago das Fadas e a praça do Bom Retiro, onde começam as principais trilhas da floresta da Tijuca. Recomendamos a visita com guia especializado para aproveitar o melhor do Parque da Tijuca. Confira nosso Caminhada no Pico da Tijuca ou Caminhada na Pedra da Gávea oferecemos se você quiser escalar ou nosso caminhada em cachoeiras e cavernas se você preferir explorar.
Parque da Tijuca e sua gastronomia
Não pense que o Parque da Tijuca é só trilhas e floresta. Para os amantes da gastronomia, o parque reserva grandes surpresas. Como já mencionado, havia três restaurantes importantes lá: Os Esquilos, Floresta e Cascatinha. Felizmente, o restaurante Os Esquilos continua em pleno funcionamento.
O restaurante Os Esquilos está num importante local histórico: A construção foi a antiga vila do barão d'Escragnolle, responsável pela reflorestação do parque. Depois, em 1942, a casa pertenceu ao italiano Hugo Busca, que veio de Torino trazendo um grande talento gastronômico. Busca conheceu o presidente Getúlio Vargas, que lhe concedeu a concessão para abrir o restaurante na Floresta da Tijuca, onde já foi sede administrativa do parque.
Da cozinha saem pratos da culinária nacional e internacional, com carnes, peixes e aves em grande parte do cardápio. Entre as sugestões do chef estão medalhão ao molho de roquefort ou molho de mostarda, bife de pimenta, carne seca desfiada, salmão ao molho de maracujá, peito de frango ao molho de maçã cozida ou filé de peixe com purê de mandioca, banana frita e farofa de castanhas. Aos finais de semana é servida a tradicional Feijoada.
Outro importante restaurante da região da Floresta da Tijuca é o Bar da Pracinha restaurante, localizado na Praça Afonso Viseu, no Alto da Boa Vista, bem em frente à entrada do Parque da Tijuca. Por causa das baixas temperaturas nas proximidades do Parque da Tijuca, o restaurante conta com lareiras e aquecedores, num ambiente sofisticado, aconchegante e romântico. O cardápio é predominantemente de culinária brasileira e carioca, tendo como destaque os pratos com filé mignon. Por outro lado, durante o inverno os fondues tornam-se um dos pratos mais populares oferecidos pelo restaurante.